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Sensualidade precoce
Sensualidade precoce
Escândalo envolvendo a Victoria’s Secret reacende discussão sobre o ousado visual das adolescentes |
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| Foto: We Heart It | |||||||||
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A indústria da moda está moldando as meninas ou elas estão “crescendo” mais depressa?
Recentemente a famosa grife de lingerie norte-americana Victoria’s Secret deu uma baita brecha ao lançar a PINK, uma nova linha de produtos direcionados a garotas mais jovens e pré-adolescentes. Sob o slogan Bright Young Things, ou “coisas jovens e espertas”, a coleção apresenta calcinhas e outras peças com inscrições do tipo “Quer tentar?”, “Me Liga” e “Você não ousaria”. Será este o segredo de Victoria?
Para os brasileiros acostumados a assistir a bundas imensas e purpurinadas na TV com toda a família no sofá, talvez isso pareça apenas uma frescura. Mas em outras culturas, a sexualização da mulher em prol do marketing é tão intolerável que grandes marcas são obrigadas a se desculpar publicamente.
“Quando elas estão na faixa dos 15-16, o que querem ser? Querem ser mais velhas e descoladas como as universitárias, e este é o lado mágico do que fazemos na PINK”, acredita Stuart Burgdoerfer, CEO e vice-presidente da Limited Brands, dona da marca Victória’s Secret.
Mas se a grife pretende continuar fazendo essa “mágica”, é bom caprichar na inteligência de mercado, porque já tem pai botando a boca no trombone por aí. “O slogan deles passa a mensagem de que as mulheres são objetos sexuais. Como pai, isso me dá nojo. Quero que minha filha saiba que não importa o que esteja usando por baixo da roupa, isso não a define”, desabafa um deles num blog.
Por outro lado, é um pouco ingênuo esperar que um segmento que fatura justamente na venda de sensualidade como estilo de vida seja aliado na educação das filhotas. Difícil é ter tempo para o diálogo oportuno; aquele que desmistifica tabús às donzelas que acreditam em tudo enquanto se preparam para a vida adulta.
Além disso, se as meninas de 13 anos hoje em dia parecem mais precoces do que nunca, não dá pra culpar apenas as marcas de roupas. Afinal de contas, o motor da moda que sensualiza crianças e pré-adolescentes é alimentado por toda uma cultura da vaidade sem limites. Sabe como é, macaco vê, homem faz.
E lidar com esse desejo de admiração de maneira saudável é um desafio e tanto para milhões de pais que têm certeza que suas filhas são especiais. Boa parte deles não gostaria de vê-las num dos comerciais banidos pela TV gringa , mas esquecem que o maior exemplo de comportamento são eles mesmos.
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