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Sossego para o coração dos casados
Sossego para o coração dos casados

Pesquisa europeia revela que os casados têm menos chances de sofrer problemas no órgão em relação aos solteiros

www.areah.com.br (28/04/13)

 

POR: Danilo Barba
O contraste entre os estilos de vida vai ficando mais evidente com a idade, segundo o estudo

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Foto: Think Stock  

  

A rotina dos solteiros inspira aventuras infinitas se comparada à mesmice inevitável do casamento. Mas a ciência mostra que as emoções de tantos altos e baixos podem ser perigosas quando sofridas durante muito tempo. Tudo porque homens e mulheres casados estão menos proprensos a sofrer um infarto do que os solteiros, de acordo com um estudo conduzido por um grupo de pesquisadores finlandeses. 
 
Publicada pelo European Journal of Preventive Cardiology, a pesquisa revela que as pessoas que vivem sozinhas correm mais risco de desenvolver infarto do miocárdio. Os cientistas descobriram, por outro lado, que a vida de casal está associada “a prognósticos de eventos cardíacos agudos consideravelmente melhores, desde os primeiros sintomas até a chegada ao hospital com vida”.
 
Ao analisar registros em quatro regiões da Finlândia, os especialistas encontraram 15.330 mil eventos relacionados a síndromes cardíacas agudas no período de 1993 a 2002 -- deste total, mais de 7 mil casos resultaram em morte. Não houve diferenças notáveis entre homens e mulheres.
 
No entanto, os investigadores perceberam que a incidência em mulheres e homens solteiros era 60-65% maior do que entre os casados de ambos os sexos, independentemente da idade. A análise dos dados constatou ainda que as taxas de mortalidade também são mais altas entre os livres e desempedidos. Os indivíduos que vivem sozinhos correm maior risco de morrer (168%) do que a dos casados (60%) se já tiverem sofrido um ataque cardíaco no mês anterior. 
 
O contraste entre os estilos de vida fica mais evidente com a idade. Enquanto 866 senhores casados de 65-74 anos morrem anualmente por causa de problemas do coração no país europeu, 1.792 solteirões inveterados “esticam o pernil” por motivos similares no mesmo período. Entre as mulheres, a diferença é brutal: 493 solteiras versus 247 casadas. Além disso, a taxa de fatalidade em maridos de 35 a 64 anos foi de 26%, bem abaixo dos 51% para os que nunca se casaram. No comparativo feminino, elas apresentaram resultados parecidos (20% contra 43%).
 
Segundo os autores, já se sabia que viver sozinho é um fator de risco para a mortalidade cardiovascular, porém nenhum outro estudo havia incluído informações classificadas por faixas etárias e mulheres. 
 
Os motivos pelos quais os solteiros correm maior risco de ataque cardíaco incluem:
  • Pessoas com saúde frágil tendem a se casar menos;
  • No geral, casados mantêm hábitos mais saudáveis que os solteiros
  • Ter sempre alguém por perto é decisivo quando ocorre um infarto.
 
“A busca por ajuda e a ressuscitação são mais frequentes e rápidas para os indivíduos que vivem juntos. Descobrimos que uma grande porção dos homens casados receberam terapia de reperfusão no estado agudo da doença, o que pode contribuir para uma sobrevida melhor após a hospitalização”, garantem os cientistas responsáveis pelo trabalho. 
 
Eles ainda especulam que a baixa aderência a medicamentos preventivos (aspirinas, estatinas e beta-bloqueadores) entre pessoas que vivem sozinhas pode influenciar bastante o prognóstico no longo prazo.